segunda-feira, 7 de maio de 2007
HUMOR: ESTRELAS DA ECOS 1
HUMOR
... onde foi parar o "carro fantasma" do Diretor da ECOS?!?
Por Mabel Teixeira
COLÓQUIO
Foto: Mabel TeixeiraDa esquerda para direita: José Marques de Melo, Rosa Maria Dalla Costa, Gustavo Leon Duarte e Antônio Heberlê
O primeiro colóquio realizado no CELACOM 2007 trouxe para o debate o pensamento latino-americano. A ELACOM - Escola Latino-Ameticana de Comunicação foi um dos temas tratados no colóquio "Pensamento comunicacional latino-americano: A diáspora que fez Escola", pelo Professor Gustavo Adolfo Leon Duarte(México). Ele ressaltou a importância da ELACOM como uma nova hegemonia do pensamento latino-americano, revelando ao meio acadêmico uma nova forma de produção de conhecimento.
O método de pesquisa utilizado pelo Professor demonstrou que as produções científicas sobre a ELACOM vêm crescendo, segundo ele cerca de 150 trabalhos já foram produzidos nos países latino-americanos. O Brasil é um dos que mais produz artigos científicos sobre o tema, são 116 publicações envolvendo a Escola.
Já a congressista Professora Rosa Maria Cardoso Dalla Costa(UFPR) trouxe para o evento as questões voltadas para as teorias da comunicação da América-Latina, tratadas como um aspecto importante para a formação do comunicador social e do pensamento comunicacional. Dalla Costa ressaltou que a formação dos estudantes de comunicação é mais voltada para o mercado, e não para as questões acadêmicas, e que para uma nova construção de conhecimento. "Os professores passam a teoria, mas não fazem os alunos pensarem sobre a complexidade da comunicação, mas sem desprezar o fazer técnico", refere-se a Professora sobre a falta de incentivo de professores aos alunos.
Encerrando o primeiro dia, o Professor José Marques de Melo(Cátedra da Unesco/ SP), um dos nomes mais esperados do congresso, enfatizou a importância do desenvolvimento do pensamento científico diferenciado das Escolas européias e norte-americanas, muito utilizadas. Para ele isto é decorrência do "complexo colonizado", onde tudo o que é latino-americano é desprezado por muitas pessoas. "Não devemos ser xenófobos e acharmos que tudo o qué nosso é melhor, mas devemos cada vez mais utilizar o pensamento latino-americano no pensamento comunicacional", esclarece.
ABERTURA OFICIAL
Convidados enfatizam importância do evento
Fotos: Mabel Teixeira
Da esquerda para a direita: Jairo Sanguiné, Eliseo Véron, Vini Rabassa, Alencar Proença, José Melo e Antônio Heberlê
A abertura oficial do CELACOM 2007 aconteceu às 19h 30 min no Auditório Central da UCPel. Na solenidade estavam presentes as autoridades convidadas, entre elas o Reitor Alencar Proença, a Pró-Reitora de Extensão Vini Rabassa, o Coordenador do CELACOM em São Paulo José Marques de Melo, o homenageado Eliseo Verón, o Diretor da Escola de Comunicação Jairo Sanguiné e o Coordenador do CELACOM em Pelotas Antônio Heberlê.
O Diretor da Ecos, Jairo Sanguiné agradeceu a presença de todos e enfatizou a relevância do Colóquio. “Para Ecos e para os acadêmicos é muito importante um evento como este. Ainda mais quando lembramos que a nossa escola está fazendo 50 anos de história”.
Para José Marques de Melo é importante o acontecimento do CELACOM em Pelotas, já que é a primeira vez que o Colóquio Internacional acontece fora de São Paulo. “Achamos que este era o momento de socializar este evento com outras universidades”.
O CELACOM continua na terça e quarta feira também no Auditório Central da UCPel.
Por Jéssica Britto
MESA REDONDA
Para Manuel Chaparro, só existem dois gêneros e com poucas diferenças
Um seria o gênero do relato; o outro do documentário. O primeiro diz respeitos às reportagens, entrevistas, notícias e cia. Já o segundo seriam as crônicas, as resenhas críticas e etc.
Porém, para Chaparro, essa separação só existe para que haja uma tentativa de purificação das matérias informativas, já que, assim, a opinião só existiria, em tese, nos espaços reservados para tal.
Para ele, a opinião e o fato se confundem em todos os gêneros jornalísticos. No jornalismo opinativo, a partir de um fato se desenvolve uma idéia. Já no informativo, é o contrário: a partir de uma idéia (de um ponto de vista), se narra um fato. Para finalizar a sua participação na mesa redonda das 16 horas desta segunda-feira, Chaparro deixou uma pergunta no ar: “Se eu decido o que é o mais importante para ir ao ar, como separar informação de opinião?”.
MESA REDONDA
Wellington Pereira defende uma narrativa plural e mais cognitiva
No debate das 16 horas - em formato de mesa redonda - do CELACOM deste ano, o professor da Universidade Federal da Paraíba, Wellington Pereira, não escondeu o seu descontentamento com a atual situação das redações jornalísticas brasileiras: onde predomina o uso do modelo norte-americano de se fazer notícia, a pirâmide invertida.
Para ele, é necessário que o jornalismo brasileiro se renove e encontre uma identidade que inclua no seu discurso toda a diversidade cultural existente no país. “O jornalismo brasileiro faz um desserviço às novas gerações, pois não explora nossas riquezas culturais, não encontrando, assim, uma linguagem própria”, disse, Wellington.
Além disso, o professor também lamentou o tecnicismo da mídia de hoje em dia, afirmando que o modelo atual não faz pensar, e, portanto, não enriquece o imaginário pessoal dos leitores.
PALESTRA INICIAL
Conferência deu início às atividades do CELACOM
Ana Maria Fadul
Está aberta a sessão. Pontualmente às 15h, a professora Ana Maria Fadul, da Universidade Metodista (SP) deu início às palestras do XI CELACOM. A professora falou sobre Gêneros na Televisão Brasileira, assunto que deu nome à conferência e trouxe uma curiosidade à alguns participantes: a palestrante lembrou que as primeiras teorias dos gêneros surgiram com o filósofo Aristóteles , no século IV a.c.O objetivo da conferência, segundo a pesquisadora, era ressaltar dois aspectos.
De um lado, a reflexão teórica: “o que existe de teorias sobre gêneros?’ . De outro, “como observar a programação na televisão?” “Estamos preocupados em ensinar o aluno a operar os equipamentos. Mas operar para quê? Observo dificuldade por parte de algumas escolas de rádio e tevê no que se refere ao ensino de gêneros”. Na metade de sua explanação, Ana Maria fez um questionamento: “estudar os gêneros televisivos não é ultrapassado?” E respondeu: “hoje os gêneros são híbridos, fundem, interpenetram, dizem alguns autores. Argumentos usados para não se dar um enfoque mais importante a este particular. Há um desinteresse acadêmico, na medida em que constatamos um hibridismo desse segmento.
Reverter tal situação, na visão da pesquisadora, somente através da “competência do profissional que ingressará na televisão”.
Gêneros
No Brasil, através de um acordo estabelecido entre tevês comerciais, Ibope e agências de publicidade, os gêneros foram classificados em 16 categorias: jornalismo, minissérie, infantil, esporte, show, novela, filme, série, auditório, educação, entretenimento, feminino, humor, reality show, reportagem-rural.
Para saber mais escute a entrevista cedida pela professora Ana Maria através do nosso Podcast.
Por Rafael Varela
ABERTURA
Abertura foi transferida para noite
O motivo da mudança explica o Coordenador da UCPel Antônio Heberlê se deu pelo atraso de um dos convidados. “O José Marques de Melo não chegou a Pelotas em tempo e por determinação do Reitor Alencar Proença, a abertura oficial foi transferida para noite”. Heberlê disse que pelo Curso de Comunicação ser noturno, é viável a abertura neste horário.
Foi feita uma breve explanação no início do colóquio por Antônio Heberlê e pela Coordenadora da Cátedra Unesco Maria Cristina Gobbi. A palestra de abertura foi dada pela Professora da Metodista Ana Maria Fadul que falou sobre Gêneros na Televisão Brasileira.
A abertura oficial acontece às 20 horas no Auditório Central da UCPel.
Por Jéssica Britto
RECEPÇÃO
Uma maior movimentação para a retirada dos materiais é esperada para esta tarde
Fotos: Gabriel Fonseca
Alunos durante o credenciamento
Ocorreu na manhã desta segunda-feira, na entrada do auditório principal (o Jandir Zanotelli) da Universidade Católica de Pelotas, a entrega dos crachás e dos materiais do Celacom (vide foto) para os profissionais, estudantes e demais inscritos no evento deste ano. Como a abertura e o primeiro colóquio estão marcados para esta tarde, a procura por esses materiais deve se intensificar nesse período. Quem ainda não adquiriu o seu crachá poderá fazê-lo, durante todo o período do evento, no saguão de entrada do auditório Jandir Zanotelli.
Por Gabriel Fonseca