As Cores da Diversidade
A América Latina é tema permanente em centro cultural de Brasília
Fonte: Cecac
"É preciso superar nosso complexo de colonizados", diz o professor José Marques de Melo na última palestra desta segunda-feira. Embora direcionada aos assuntos da comunicação, a afirmação vale também para qualquer aspecto da vida social e cultural dos latino-americanos.
Um exemplo dessa superação sugerida por Melo é a Casa da Cultura da América Latina (CAL) que, assim como o CELACOM, é uma tentativa de discutir e instigar o orgulho e a identidade do povo latino-americano. Construída em 1987 em Brasília, o espaço visa mostrar a imensa diversidade de etnias e culturas que, por conviverem nesse continente, contribuíram à constituição de um repertório cultural singular, feito de multiplicidade e misturas, traço sempre presente em sua produção intelectual e artistíca.
Ligada à Universidade de Brasília, a casa é também um centro de pesquisa e difusão da cultura latina. O centro artístico, que completa 20 anos em julho, é uma fonte para despertar o interesse acadêmico pelas origens étnicas e culturais desta "fatia" pouco lembrada da América. Dando destaque as artes visuais, a CAL abriga mais que as cores das telas, ela incentiva e apresenta, orgulhosa, as cores da america-latinidade.
Seja na comunicação ou na cultura, a heterogeneidade dos latinos-americanos deve ser amplificada e discutida não para buscar a unidade, mas sim para enaltecer a diversidade e as inúmeras possibilidades geradas pelo convívio dos "diferentes".
Por Mabel Teixeira
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