terça-feira, 8 de maio de 2007

GRUPO TEMÁTICO 4


Das novas tecnologias aos meios tradicionais

Expositores discutiram blogs, sensacionalismo, revista e parcialidade no Grupo Temático


Foto: Paulo Azambuja

Profª . Claudia de Moraes falou sobre parcialidade no jornalismo

Sensacionalismo, blogs e a mídia impressa revista são exemplos dos temas que foram abordados por quatro pesquisadores do GT 4 - Grupo Temático de Iniciação Científica - Gêneros Comunicacionais: Formatos e Tipos Latino-Americanos, coordenado pelo professor Carlos Recuero , da Ecos.

Aletéia Ferreira, graduada em administração de empresas e mestranda em comunicação, apresentou dois trabalhos.

No primeiro, “A moda dos blogs e sua influência na cibercultura – do diário virtual aos posts comerciais”, a pesquisadora falou sobre blogs de games, de entretenimento e, é claro, de moda. “A maioria dos blogs são utilizados atualmente como diário pessoal”, revelou. A pesquisadora citou ainda a Folha Online, como um dos primeiros jornais do Brasil a publicar notícias online.

No segundo, “A efemeridade da moda na cibercultura”, uma das principais características do sistema da moda, segundo Aletéia. Como exemplo de característica da efemeridade presente na cibercultura, ela citou o telefone fixo (marcas, cores, modelos) e o telefone móvel (diferentes modelos e formatos). Todos com um ciclo de vida pré-determinado.

Tribuna do Paraná: Jornalismo Sensacionalista-Linguagem Literária, é o nome do trabalho que foi apresentado por Anna Santos. A acadêmica fez uma pesquisa bibliográfica para determinar qual a linguagem que era utilizada pelo jornal.

"Encontramos muitas semelhanças na linguagem do jornal. A linguagem literária permeia o jornalismo sensacionalista dentro desse jornal, ainda que saibamos que o jornalismo literário requer tempo para contruir as matérias, enquanto que o sensacionalismo transforma um pequeno fato em um grande acontecimento; cada um vai aumentando um ponto."

Anna utilizou como base para os estudos de jornalismo sensacionalista, o livro "Esprema que sai sangue" de Danilo Angrimani, e para os estudos de jornalismo literário, os textos de Tom Wolfe.

Gêneros, subgêneros e formatos da mídia impressa revista no Brasil, é o nome do trabalho que foi apresentado pela professora Caroline Casali, da CESNORS/ UFSM . Foi mostrado um mapeamento do veículo revista em nosso país. “Há uma diferença entre revista e tevê. No primeiro caso, os editores percebem um público em potencial e lançam uma revista. No segundo, lança-se um telejornal pela necessidade de exibir informação, por exemplo”. Uma das explanações da pesquisadora, que causou questionamentos.

A também professora de Comunicação da CESNORS, Cláudia de Moraes, encerrou as apresentações com o trabalho Parcialidade alardeada: notas sobre a importância da opinião no jornalismo.

“Na verdade temos a imparcialidade [questão] alardeada [nos meios de comunicação]”, disparou Cláudia, logo no início de sua apresentação. “A nossa posição precisa ser mais valorizada”. A professora disse sentir falta de um debate aberto e claro, e em tom de indignação falou ainda que “o nosso jornalismo se enclausura na questão da imparcialidade”. Opinião que gerou debate entre os 11 participantes presentes na sala de aula de fotografia da Ecos.


Por Rafael Varela

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