sábado, 5 de maio de 2007

ENTREVISTA



A Dra. Maria Cristina Gobbi é professora titular da Universidade Metodista de São Paulo e da Faculdade Editora Nacional, consultora ad-doc do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP, editora de resenhas da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação e editora assistente da Asociacion Latino-americana de Investigadores de la Comunicacion.- ALAIC. É também Coordenadora Nacional do Prêmio Luiz Beltrão de Ciências da Comunicação da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (INTERCOM).

Durante o CELACOM 2007, a professora será a coordenadora geral dos grupos de trabalho.

Cobertura CELACOM - Como Coordenadora Geral dos Grupos de Trabalho, qual sua expectativa em relação aos trabalhos que serão apresentados?

Maria Cristina Gobbi - Recebemos trabalhos de diversos Estados do Brasil. Estão participando alunos de Iniciação Científica (graduação) e dos cursos de Pós-Graduação, além de professores e pesquisadores de Universidades Públicas e Particulares. Há resultados de pesquisas aplicadas e existe revisão e atualização de conceitos teóricos e práticos. Encontramos trabalhos de outras áreas do conhecimento, mas que utilizam as formas de comunicação como foco central de análise. Ou seja, tivemos mais de 70 trabalhos que contemplam de maneira plena uma variedade de temas, mídias e correntes teóricas. Acredito que essa multiplicidade em muito enriquecerá as discussões nos Grupos de Trabalhos propostos e possibilitará uma troca de conhecimento muito interessante, quer para os estudantes da Graduação ou do Pós, também para professores e pesquisadores.

CC - Há algum motivo especial para o CELACOM 2007 ser realizado na Universidade Católica de Pelotas?

MCG - Para a Cátedra Unesco/Metodista de Comunicação é uma honra muito grande ver o Celacom ser realizado na UCPel. Nas suas onze edições é a segunda vez que esse encontro não é realizado em nossa Instituição e a primeira que sai do Estado de São Paulo. Sabemos que o desafio é grande, mas sob a batuta muito competente do professor Heberlê e de sua equipe temos certeza que o encontro será um grande sucesso.

CC - Como a Universidade Metodista de São Paulo observa o número de inscrições e propostas de trabalho em relação aos eventos anteriores?

MCG -
A Cátedra Unesco/Metodista de Comunicação ficou muito satisfeita com a repercussão do evento. Recebemos mais de 70 trabalhos e esse é um número muito significativo. Pelo fato de ser um encontro historicamente realizado em São Paulo a participação em Pelotas - quer pelo número de inscrições de trabalhos nos GT’s ou de ouvintes - foi bastante representativa. Com referência aos anos anteriores Pelotas não deixou nada a desejar. O Encontro será um sucesso.

CC - Em relação a organização, houveram mudanças em relação aos eventos anteriores, devido ao deslocamento do evento para o Rio Grande do Sul?

MCG -
Não. Mantivemos a mesma estrutura e esse foi um dos desafios superados pelo prof. Heberlê e sua equipe, com muita competência. Foi conservado o mesmo número de sub-temas, de palestrantes convidados – tanto nacionais, como internacionais -, de GT’s, de atividades diversas etc. Inclusive foi desenvolvido o CDRom do Evento, com os textos de todos os trabalhos apresentados nos Grupos - que será entregue para os inscritos - e posteriormente, creio que para ser lançado durante o Intercom 2007, que ocorrerá no início de setembro, em Santos, São Paulo, sairá a edição impressa dos Anais do CELACOM’2007, com as conferências apresentadas nas mesas temáticas.

CC - Como a participação dos acadêmicos no CELACOM pode ajudar no desenvolvimento da profissão de comunicador social?

MCG - Acredito que conhecer a produção e as pesquisas em Comunicação na América Latina é um de nossos desafios. Um evento que possibilite discutir correntes de pensamento, estudos aplicados, que evidencie o estado da “Arte” nesse nosso continente muito facetado é uma oportunidade singular de propiciar as novas gerações esse ensejo. Também é importante mencionar a riqueza do intercâmbio de conhecimento sobre as investigações que estão sendo realizadas nas diversas regiões do Brasil e em alguns países da América Latina. Só valorizamos aquilo que conhecemos e os estudos em Comunicação, sob a égide da Elacom – Escola Latino-Americana de Comunicação -, são muito ricos, quer pela qualidade ou pela diversidade. Precisamos despertar em nossos jovens esse sentimento de auto-estima com relação ao que produzimos em nossa região.

Por Sandra Henriques

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