quarta-feira, 9 de maio de 2007

COLÓQUIO 3

Descontração e “provocação” deram a tônica na palestra de Elias Machado

Professor da UFSC falou sobre tecnologias na Mesa Redonda 3

Foto: Felipe Machado

Prof. Elias Machado

Diferentemente dos dois primeiros palestrantes da Mesa Redonda 3 – Gêneros Digitais: Tipologia da Internet, o professor Elias Machado (UFSC) não utilizou slides em sua explanação, mas tratou logo de fazer uma observação, a titulo de justificativa: “peguei um pen drive equivocado (sic), porque vocês sabem, temos vários pen drives. A nossa memória é digitalizada".


E foi assim, neste tom brincalhão e também provocativo que Machado falou, dentre outras coisas, sobre tecnologia. “Um dos mitos é o de que a nossa sociedade é a sociedade da tecnologia. O homem é um ser tecnológico por excelência. Se agora tem novidades? Sim”. Mas para o professor, com mudanças qualitativas nas práticas e nos processos, e com adaptações. “E a nossa função é mapear essa diversidade”.


Na visão de Elias, há uma acomodação com relação às novas e às antigas práticas tecnológicas. Por isso acredita que é preciso entender o processo que está em andamento. E, nesse sentido, não faltaram críticas ao acadêmicos. “Os acadêmicos gostam de criticar os profissionais, mas o que menos fazem é criar novas alternativas. Alguns alunos dizem que a Folha Online , por exemplo, traz as características de um jornal convencional, mas é preciso entender que se está ali é porque funciona”. Posição que, provavelmente, deixou alguns acadêmicos em dúvida, já que em disciplinas como a de jornalismo digital se constata que muitos jornais acabam fazendo uma transposição de suas matéria para o meio online, e de que esse mesmo tipo de jornalismo precisaria estabelecer sua própria linguagem.


O professor também fez referência ao papel da universidade. Para ele, o grande desafio está em fazer com que as universidades repensem sua função. “A universidade não é um lugar para ensinar, mas para se desenvolver pesquisa. Se não for assim, não é universidade”, concluiu Machado.

Por Rafael Varela

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